segunda-feira, 13 de junho de 2011

BAR&LANCHES TABOÃO E BADEN POWELL


Baden Powell, o Semideus

Para Ygor de Bruyn e Cia.

Faltam só três dias para a nova apresentação do show O Amor nos Tempos de Baden e Vinícius
Vou administrar minha ansiedade mandando e-mails para a TV Globo sugerindo, insistindo, rogando que reprisem a novela Semideus.
Não por paixão desenfreada às telenovelas. Mas, porque esta novela escrita por Janete Clair, e exibida entre agosto/1973 e maio/1974, tinha a trilha sonora nacional só e exclusivamente com composições do violonista imortal Baden Powell com letras do eterno em vida Paulo Cesar Pinheiro.
Nem preciso dizer o prazer de assistir um novelão envolto na atmosfera mágica musical do Baden.
Por isto esta postagem é dedicada ao Ygor, à Rafaela, à Adriana, à Camila, à Grá, à Luca, à Marília, à Paula, à Renata, ao Vini, ao Maurício, ao Negrita e ao Henrique.
Da trilha de Semideus sirvo-lhes como petisco isto:
Eu não tenho ninguém
 -c/ Cláudia Regina
Pra judiar de vez, vai aí o original do Baden com vocalização da arrebatadora Jeanine de Waleyne:
Faixa do disco L’Âme de Baden Powell, gravado na França em dezembro de 1972.
Ai, o amor
Quem tem
Deve dar valor
E eu não tenho ninguém
Já quis ter um bem
Deus me recusou
E eu não tenho ninguém
Ah, não tenho ninguém

Se a tal felicidade
Pra todo mundo vem
Meu coração por que é que é tão só solidão?
E eu não tenho ninguém
Eu não tenho ninguém

E a infelicidade eu já conheço bem
Toda paixão que ao peito vem é ilusão
E eu não tenho ninguém, ai
E eu não tenho ninguém
Eu não tenho ninguém...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


Descabelado, confuso e entupido de dólares

Fazia um friozinho chato no aeroporto de New York naquele abril de 1971. O violonista e compositor Baden Powell faria ali uma conexão no vôo que o trazia de Tokyo.
De repente, como num dos seus improvisos fantásticos ao violão, ele resolveu visitar o amigo Sivuca, que na época trabalhava em New York com Miriam Makeba, cantora sul africana. Sivuca havia sido colega de Baden quando tocavam juntos em bailes cariocas na década de 1950. O violonista queria ficar um ou dois dias com o velho amigo.
“Como é que eu faço pra pegar minha bagagem e trocar a passagem?”, se perguntava Baden Powell, que não sabia uma vírgula em inglês. Um dos guardas do aeroporto ficou de olho naquele moreno todo descabelado (ventava no JFK), com um casacão que lhe descia até os calcanhares. Quando o policial se aproximou, Baden enfiou a mão no bolso do casaco, para apresentar-lhe o passaporte. Ao invés do documento, o que saiu do casaco imenso foi uma montoeira de dólares. Quanto mais Baden fuçava nos bolsos em busca do bendito passaporte, mais lhe saiam notas de dólares. Dezesseis mil dólares, se você quer saber... “Te peguei, ladrão!”, vibrou o meganha.
Tiveram de chamar uma pessoa do FBI que entendesse português. Baden explicou que aquela pacoteira de grana era parte de um cachê de 30 mil dólares que acabara de receber no Japão – Baden só gravava disco se pintasse grana viva, nada de cheque, e tudo à vista. “Tá aqui o recibo!”, disse o músico trinfante. Mas... o recibo estava escrito... em japonês. Toca os “hômi” irem atrás de quem sabia a língua nipônica. O policial de olhos puxados lê o recibo, balança a cabeça, tudo certo, é isso mesmo, Baden liberado...

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